Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

No meio do caminho (Carlos Drummond de Andrade)


Querem escutar um pequeno poema do brasileiro Carlos Drummond de Andrade em português, e em mais 11 línguas?

Vejam o vídeo e escutem "No meio do caminho", para além de em português, é claro, nas seguintes línguas: inglês, hebraico, dinamarquês, francês, holandês, italiano, húngaro, alemão, latim, espanhol e tupi.


NO MEIO DO CAMINHO

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade, Revista de Antropofagia (1928)



Estátua do poeta no calçadão de Copacabana, no Rio de Janeiro


6 comentários:

inês ma disse...

a foto é muito graciosa mas de o video nao gosto muito

Pedro L. Cuadrado disse...

E o poema? Não dizes nada do poema, que é o importante. O vídeo é muito curioso porque podes escutar esse poema tão breve em português e mais 11 línguas. Conhecer línguas estrangeiras é muito bom, é ótimo, Inês.

Cumprimentos

Pedro L. Cuadrado disse...

Ah, uma explicação para o cartaz. Há vândalos que têm por costume partir os óculos da estátua, que é de bronze. Já fizeram muitas vezes, estás a ver? É por isso que "o poeta pede" para as pessoas lerem os livros dele, e não partirem os óculos. É pena.

inês ma disse...

a foto original sale con o cartel?

Olga Gonzalez disse...

Eu não gosto do poema é um pouco simple, mas o vídeo é muito bom tem o poema em todas as línguas.

Pedro L. Cuadrado disse...

Olga, é por ser simples (simples quer dizer "sencillo" em português) que é bom este poema.

Para que compreendas, quando o poeta escreveu estes versos, a linguagem da poesia que se escrevia naquela altura era muito complicada e artificial. Drummond de Andrade tinha só 26 anos e escreveu este poema que foi um grande escândalo, parece mentira.

Cumprimentos, Olga, é a primeira vez que escreves, não é?