Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

quarta-feira, 30 de março de 2016

Gostam deste retrato?



Parece que, para além do José Manuel Trejo, temos outro artista na turma de 1º C. É o Lorenzo Moreno, a quem dedico este desenho de Michael Mathias Prechtl.

É um retrato de um dos maiores escritores do século XX, o tcheco Franz Kafka, que escreveu em alemão contos e romances.

Numa das suas obras, A Metamorfose, um homem transforma-se num inseto monstruoso... Vamos ler o primeiro parágrafo...


"Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregório Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos."








terça-feira, 29 de março de 2016

Uma pintura de Richard Lindner



Uma obra do pintor nascido na Alemanha, e naturalizado estado-unidense, Richard Lindner (1901 - 1978). O título é Uma carta de Nova Iorque.





"Palavras sábias" numa escola brasileira



E voltamos das férias... Já descansámos, agora toca a continuar, meninos e meninas.

Um colega espanhol que anda agora no Brasil, enviou-nos esta fotografia que tirou na escola onde o seu filho estuda. 

O que acham? São sábias ou não são estas bonitas palavras? Vocês conhecem. Usem-nas, por favor.



quarta-feira, 16 de março de 2016

Balada das vinte meninas (poema e canção)



Já falta muito pouco para a chegada oficial da primavera, no dia 20 deste mês... Só faltam 4 dias. Menos tempo ainda falta para que as férias comecem. Boas férias da Páscoa para todos vocês!

Cá temos um poema de Matilde Rosa Araújo, que serve como letra de uma canção cantada por Vitorino. Quem serão esas meninas? Alguém sabe? É fácil, não é? Se não conhecem a palavra portuguesa, digam-me a espanhola, e eu digo-vos a portuguesa.


BALADA DAS VINTE MENINAS

Vinte meninas, não mais,
Eu via ali no beiral:
Tinham cabecinha preta
E branquinho o avental.

Vinte meninas, não mais,
Eu via naquele muro:
Tinham cabecinha preta,
Vestidinho azul escuro.

Vinte meninas, não mais,
No alto da ramaria:
Tinham cabecinha preta,
Peúga de fantasia.

Vinte meninas, não mais,
Na torre acima de tudo:
Tinham cabecinha preta,
e capinha de veludo.

Matilde Rosa Araújo




Pequeno poema (Sebastião da Gama)

Sebastião da Gama


Estamos de férias no dia 21 de março, Dia Internacional da Poesia, mas cá fica o contributo deste blogue para esse dia.



PEQUENO POEMA

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais…
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém…

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos da minha Mãe…

Sebastião da Gama
(1945)




terça-feira, 15 de março de 2016

Montes e montes de lengalengas






Folar da Páscoa, a atualidade e a lenda


O folar é tradicionalmente o pão da Páscoa em Portugal, confecionado na base da água, sal, ovos e farinha de trigo. A forma, o conteúdo e a confecção varia conforme as regiões de Portugal e vai desde o salgado ao doce, nas mais diversas formas. Nalgumas receitas é encimado por um ovo cozido com casca.(Wikipédia)
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Simbolicamente, o «folar» continua a representar o presente dos padrinhos aos afilhados, impondo-se como preceito irem estes recebê-lo a casa daqueles no domingo de Páscoa («ir pedir o bolo»). Praxe precedida pela oferta de um ramo de flores, ou amêndoas, dos afilhados aos padrinhos no domingo de Ramos.

Com o decorrer do tempo, a palavra «folar» deixou de pertencer ao seu primitivo significado, isto é, ao bolo cerimonial da quadra pascal, para passar a designar o presente de Páscoa dos padrinhos, expresso por qualquer objecto, roupas, amêndoas ou dinheiro.

Substituído, embora, por outros presentes, a obrigação da oferta do «folar» cessa depois da maioridade ou do casamento dos afilhados. Neste caso, o ritual obriga (ou obrigava) a que os afilhados no dia seguinte ao do casamento, levem aos padrinhos a «fatia» (uma fatia de bolo de noz, de chocolate, pão-de-ló ou outro), enquanto os padrinhos oferecem aos afilhados um último «folar» na Páscoa a seguir à boda. Este procedimento continua a verificar-se em muitas localidades do nosso país.



Trechos retirados do blogue Sarrabal: "Páscoa - Padrinhos e afilhados"


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LENDA DO FOLAR DA PÁSCOA

A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem.

Reza a lenda que, numa aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa.

Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer.

Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.

Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa, ao que parece, sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina.

Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, os afilhados costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

(Fonte: Infopédia)






Planta da Baixa lisboeta para praticar



Alunos do 2º ano, estamos na Baixa lisboeta, tão bonita. Vamos praticar como e que podemos dar indicações a alguém para chegar a uma rua determinada, ou avenida, etc.

Por exemplo, eu sou um turista e estou na Praça do Comércio, ali ao pé do rio Tejo, e quero ir até à Praça D. Pedro IV, que toda a gente conhece como o Rossio.

-Desculpe, o senhor (ou a senhora...) podia dizer-me como é que eu posso chegar até ao Rossio?



segunda-feira, 14 de março de 2016

As cores de Zebedee Jones












"Deito-me tarde sem razão nenhuma!"



Se calhar, de manhã essa pessoa levanta-se cedo e, claro, deitar-se tarde não é bom nem para o corpo nem para a cabeça, que precisam de descansar.

É por isso que esta pessoa se arrepende do que faz: "De manhã arrependo-me"

Já repararam nos verbos reflexos e na colocação dos pronomes? Atenção, porque, como sabem, é diferente do espanhol.



Páscoa em Portugal




quinta-feira, 10 de março de 2016

Ruiva ou loura?




O que é que vocês acham? Esta jovem que está a arranjar o cabelo é ruiva ou loura? Vemos que morena não é.

Muito cuidado como a palavra ruivo, que é um grande falso amigo. A Brigitte, que é o nome dela, é loura, ou loira.




terça-feira, 8 de março de 2016

sem EU não havia TU







Mariza canta "Paixão"



Vimos no nosso livro uma fotografia pequenina da cantora portuguesa Mariza. Aqui podem apreciar melhor como é que ela é e como canta uma canção do seu último álbum, Mundo. A cor do seu cabelo, pintado de louro platinado, é uma marca de sempre do seu visual. Nunca nenhuma cantora de fado tinha aparecido dessa maneira.

Mariza é uma cantora conhecida a nível internacional e já tem atuado em inúmeros países. Para que saibam um bocadinho dela, eis uma pergunta de uma entrevista que lhe fizeram e a sua resposta:

A Mariza que nasceu em Moçambique, cresceu na Mouraria, chegou a viver no Brasil e agora é conhecida em todo o Mundo. É isso? A imagem da lusofonia? Daquilo que melhor Portugal tem?

Estou no triângulo da lusofonia (risos). Sinto-me muito lusófona. Tenho uma mãe africana, nasci em Moçambique, a minha avó é negra, o meu pai é uma mistura de português, espanhol e alemão. Não podia haver mais mestiçagem que isto, que eu. E a lusofonia é mestiçagem.

(Notícias Magazine)









segunda-feira, 7 de março de 2016

Presente do verbo TER






A minha casinha (Luísa Ducla Soares)





A minha casinha

Fiz uma casinha
de chocolate,
tapei-a por cima
com um tomate.

Pus-lhe uma janela
de rebuçado
e mais uma porta
de pão torrado.

Pus-lhe um chupa-chupa
na chaminé;
a fazer de neve,
açucar pilé.

A minha casinha
bem saborosa…
comi-a ao almoço.
Sou tão gulosa!

Luísa Ducla Soares


Do seu livro Poemas da mentira e da verdade 




sexta-feira, 4 de março de 2016

Escher



Maurits Cornelis Escher (1898 — 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferente.

(Wikipédia)




quinta-feira, 3 de março de 2016

Coitada da Mafalda!


Pois é! Coitadinha! Ninguém a compreende. O que a Mafalda diz é familiar para vocês?



(Autor: Quino)



quarta-feira, 2 de março de 2016

Minho continua a ser rio, não é possessivo



Pois é! O possessivo feminino da primeira pessoa, eu, é minha com palavras femininas, mas meu com palavras masculinas.

O meu pai 
O meu lápis
O meu caderno
O meu livro 

Os meus amigos
Os meus sapatos
Os meus óculos
Os meus primos


Para além de estudar e praticar os possessivos no livro e nas fotocopias, temos no blogue esta mensagem: "Alunos do 1º ano - Os possessivos". Podem clicar no link.


Então, minho? Para quem se esqueceu, repito "O Minho é um rio", e mais nada!


O Minho (em espanhol e em galego Miño) é um rio internacional que nasce a uma altitude de 750 m na serra de Meira, na Comunidade Autónoma da Galiza e percorre cerca de 340 quilómetros até desaguar no oceano Atlântico a sul da localidade da Guarda e a norte de Caminha. Nos últimos 75 quilómetros do seu percurso, entre Melgaço e a foz, o Minho serve de fronteira entre Espanha e Portugal.

(Wikipédia)













terça-feira, 1 de março de 2016

Alegria de Cabo Verde



Lembram-se de Cabo Verde? É um dos países africanos onde o português é língua oficial. No dia a dia, eles falam crioulo, que é "uma língua crioula, de base lexical portuguesa. É a língua materna de quase todos os cabo-verdianos, e é ainda usada como segunda língua por descendentes de cabo-verdianos em outras partes do mundo." (Wikipédia)

Vejam a alegria destes meninos. É agradável, não é?

A fotografia é de Lara Butuzova.