Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Bom Natal

(António Sardinha)


E devo acrescentar e Próspero Ano Novo, claro. Voltamos a encontrar-nos no dia 8 de janeiro de 2020, ano bissexto. Aproveitem o tempo, meninas e meninos!




Desenho e fotografia de Saulo Cruz


Começamos a despedir-nos...


Começamos a despedir-nos. O ano letivo está mesmo a terminar...

A cantora brasileira Adriana Calcanhotto usa o nome de Adriana Partimpim nos seus álbuns para crianças. Esta canção que ela canta foi composta por um músico chamado Gonzaguinha.

O bem-te-vi e a sabiá, que aparecem na letra, são passaros, vejam lá em baixo...


LINDO LAGO DO AMOR

E bem que viu o bem-te-vi,
A sabiá sabia já.
A lua só olhou pro sol;
A chuva abençoou

O vento diz "ele é feliz"
A águia quis saber
Por quê, por que, pourquoi será
O sapo entregou

Ele tomou um banho d'água fresca
No lindo lago do amor
Maravilhosamente clara água
No lindo lago do amor


Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus)

Sabiá-laranjeira (Turdus rufiventris)


Olá, meninas e meninos! Eu sou a Adriana Calcanhotto e Partimpim tambem!!!



quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

A música de Natal da Rádio Comercial de 2019



E aqui, de 2018 mais 2014 e 2016.






Uma bonita cozinha



Desenho de Carlo Stanga.


O que será feito deste menino?


Um menino dormido (ou a fazer de conta que dorme...) e um cordeirinho. Sabemos a data da fotografia (16 de março de 1940), mas não o nome do autor.


(Modos de olhar)



Surpresa!


Bela cara de surpresa a desta rapariga. Deve ter recebido um bom presente... 

A fotografia é de Olívia Rios.



Uma sala de aula a preto e branco



Arquivo Nacional do Brasil
Sala de aula
Crianças em sala de aula, setembro de 1969. Arquivo Nacional. Fundo Correio da Manhã.



Aaaaaaaaaaaaah!



Fotografia de Kristina Podobed.



O que é bajular?



Vão aprender uma palavra nova: bajular. E quem faz isto é um bajulador ou uma bajuladora. Há pessoas que gostam de serem bajuladas. É pena.

(Na língua do dia a dia diz-se dar graxa e a pessoa é graxista)

O que diz o dicionário da Infopédia?

bajular
verbo transitivo

elogiar em excesso, geralmente com o fim de obter algo em troca; adular; lisonjear

Do latim bajulāre, «carregar às costas»





quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Vista aérea de Estremoz




"Estremoz, uma cidade Alentejana no distrito de Évora, uma antiga Praça Militar, com muralha medieval, Paço Real, e muralha abaluartada, carregada de história. Um percurso pela Vila Velha, e pela parte baixa conhecida por Rossio, filmadas do ar e de solo."




A Pedreira d'el Rey em Vila Viçosa



Estamos em Vila Viçosa, no Alentejo: "O buraco da Pedreira d’el Rey é tão fundo que as gruas lá em baixo parecem formigas."

© Jorge Vieira

Eu acho que vocês não faziam o que este aluno fez



Estão a ver como é que este aluno resolveu o problema?  À partida, rimos, mas sinceramente, faz pena. Será que ele nunca ouviu falar de Pitágoras?





Minha rica lã (António Torrado)

Fotografia de Leonardo Aragão


MINHA RICA LÃ

Esta ovelha está muito triste.

Veio o tosquiador e rape-rape-rape deixou-a sem pêlo.

Ela que tanto se orgulhava dos seus caracóis, ela tão cheia de si como uma senhora de casaco de peles, ela tão pesada e repolhuda, ficar assim por metade, nuazinha, envergonhada e tiritante, era caso de meter dó.

— Quero a minha lã — balia a ovelha tosquiada. Foi ter com o pastor.

— Eu não tenho culpa — disse-lhe ele. — Quem arrecadou a tua lã foi o cardador.

A ovelha foi ter com o cardador que se encarrega de limpar, separar e desfibrar a lã tosquiada.

— Quero a minha lã — exigiu a ovelha.

— Já não é da minha conta — disse o cardador. — A fiandeira levou toda a cardação.

A ovelha foi ter com a fiandeira que torce os fios, de maneira a que fiquem consistentes e de espessura uniforme.

— Quero a minha lã — exigiu a ovelha.

— Já não a tenho comigo — disse a fiandeira. — O tecelão levou o novelo todo.

A ovelha foi ter com o tecelão que cruza e entrelaça os fios no tear, para formar o tecido.

— Quero a minha lã — exigiu a ovelha.

— Já não está nas minhas mãos — disse o tecelão. — O dono da fábrica de confecções levou a peça de fazenda com ele.

A ovelha foi ter à fábrica de confecções, onde são cortadas, moldadas e cosidas as fazendas, vindas da fábrica de tecelagem.

— Quero a minha lã — exigiu a ovelha ao capataz da fábrica de confecções.

— Já não é comigo — disse o capataz. — As costureiras fizeram casacos de lã, que os lojistas compraram.

A ovelha dera voltas e voltas. Estava cansada. Perdera muito tempo, à procura da sua rica lã. De um lado para outro demorara meses, na sua busca. O que uma ovelha passa, quando se lhe mete uma ideia na cabe-ça. Mas não era hora de desistir.

Foi ter a uma loja de roupas.

Atendeu-a um caixeiro muito delicado:

— Vossa Excelência o que deseja?

— Quero a minha lã — exigiu a ovelha.

— Vossa Excelência deseja a lã da mesma cor daquela que usa ou tem outra preferência? — perguntou o caixeiro.

Só então a ovelha, ao passar os olhos por um dos espelhos da loja, é que reparou em si. Estava toda coberta de lã, tal e qual como antes de ter sido tosquiada.

— Afinal já estou servida, obrigada — disse a ovelha, mais tranquila. E saiu da loja com o seu próprio carrego de lã.

https://contadoresdestorias.wordpress.com/2009/11/06/minha-rica-la-ant-torrado/


(Lido em Histórias em Português)


Morena dos olhos d'agua (Chico Buarque)



Desenhos de Fefê Torquato para esta canção de Chico  Buarque, Morena dos olhos d'água.



O sonho de uma gulosa


O sonho de uma gulosa não é o título desta aguarela de Emanuel Schongut, mas podia ser... O título original é Candy.




Um desenho de Michel Ribeiro


Um rapaz de olhos fechados a ouvir música, muito concentrado, à vontade... Um desenho de Michel Ribeiro.



terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Olhamos e imaginamos


Uma fotografia de kiciarandagia. Não tem título, mas quase que podíamos nós inventar um: por exemplo, O olhar da menina, ou Olhares (embora saibamos que o abutre não vê nada, claro!), ou... que titulo é que vocês dariam?

Comparem os tamanhos! O que estará a pensar essa menina? Se calhar, imagina como que essa ave voaria lá bem alto no céu...



segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Canção de Natal (Chico Buarque)

Iluminação do Cristo Redentor especial para o Natal, no Rio (23-12-2015).
Fotografia de Yasuyoshi Chiba(AFP)


CANÇÃO DE NATAL

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal
Ah quem me dera fosse o ano inteiro igual

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal
Ah quem me dera fosse o ano inteiro igual

Olha a cidade que linda
Até parece deserta
A meninada dormindo
De janela aberta

Papai Noel completa toda coleção
Boneca, bicicleta, bola, bala e balão

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal
Ah quem me dera fosse o ano inteiro igual

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal
Ah quem me dera fosse o ano inteiro igual

Pra quem não tem seu tesouro
A vida é só uma esperanca
E nada vale mais ouro que inda ser crianca
Quem não vive de amor não vai viver sempre assim
Papai Noel planta flor onde não tem jardim

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal
Ah quem me dera fosse o ano inteiro igual

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal
Ah quem me dera fosse o ano inteiro igual

Papai Noel volta só
Papai Noel volta a pé
Papai Noel sem trenó
Pra casa sem chaminé

Em casa só sem crianca
Ele vai ler o jornal

Que bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal

Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom
Tão bom que foi o Natal





Mulemba Xangola (Bonga, Marisa Monte e Carlinhos Brown )


Esta música não é assim muito própria do Natal, mas acho que faz bem aos olhos e aos ouvidos. E traz alegria também!

O cantor Bonga, angolano, mais dois brasileiros, Marisa Monte e Carlinhos Brown, cantam esta composição do primeiro, Bonga: Mulemba Xangola.

A mulemba é uma árvore, uma figueira.

mulemba

Angola BOTÂNICA árvore da família das Moráceas, de elevado porte e copa volumosa muito ramificada, considerada a árvore da realeza angolana, pois à sua sombra se reuniam os chefes das tribos.

(Do quimbundo mulemba, a partir de kulemba, «escurecer»)

“Mulemba Xangola” virou música. Bonga e Lura e até os brasileiros Marisa Montes e Carlinhos Brown cantam-na a pulmões abertos, em celebração da raiz comum entre Angola e Brasil, Luanda e Salvador da Bahia. Como relembra a música, o significado desta árvore é muito mais que semba, ritmo e passadas. Na margem direita de quem vai para norte, indo de Luanda, em frente a um resort que adoptou o seu nome, a Mulemba Waxa N’gola é um dos símbolos máximos da ancestralidade desta terra.

(Rede Angola)






Natal sem sinos (Manuel Bandeira)

Um sino


NATAL SEM SINOS

No pátio a noite é sem silêncio.
E que é a noite sem o silêncio?
A noite é sem silêncio e no entanto onde os sinos
Do meu Natal sem sinos?

Ah meninos sinos
De quando eu menino!

Sinos da Boa Vista e de Santo Antônio.
Sinos do Poço, do Monteiro e da Igrejinha de Boa Viagem.

Outros sinos
Sinos
Quantos sinos

No noturno pátio
Sem silêncio, ó sinos
De quando eu menino,
Bimbalhai meninos,
Pelos sinos (sinos
Que não ouço), os sinos de
Santa Luzia.

Manuel Bandeira




Coisas que não há que há (Manuel António Pina)


Este poema de Manuel António Pina (1943 - 2012), jornalista e escritor português, já foi publicado no blogue em 2015, mas achei este vídeo e vale a pena que vocês conheçam estes versos: ouvimos e lemos ao mesmo tempo.

Manuel António Pina foi um grande poeta e dedicou parte da sua obra às crianças e aos mais jovens.

(Ágora Gaia)


Coisas que não há que há

Uma coisa que me põe triste
é que não exista o que não existe.
(Se é que não existe, e isto é que existe!)
Há tantas coisas bonitas que não há:
coisas que não há, gente que não há.
bichos que já houve e já não há,
livros por ler, coisas por ver,
feitos desfeitos, outros feitos por fazer,
pessoas tão boas ainda por nascer
e outras que morreram há tanto tempo!
Tantas lembranças de que não me lembro,
sítios que não sei, invenções que não invento,
gente de vidro e de vento, países por achar,
paisagens, plantas, jardins de ar,
tudo o que eu nem posso imaginar
porque se o imaginasse já existia
embora num lugar onde só eu ia...

Manuel António Pina


"A sopa de letras" é outro poema de Manuel António Pina no nosso blogue.





Cavalinho, cavalinho (Fausto)


O poema é de Matilde Rosa Araújo e a música e a voz são de Fausto:


CAVALINHO, CAVALINHO

Cavalinho, cavalinho
Que baloiça e nunca tomba;
Ao montar meu cavalinho
Voo mais do que uma pomba!

Cavalinho, cavalinho,
De madeira mal pintada:
Ao montar meu cavalinho
As nuvens são minha estrada!

Cavalinho, cavalinho
Que meu pai me ofereceu:
Ao montar meu cavalinho
Toco as estrelas do céu!

Cavalinho, cavalinho
Já chegam meus pés ao chão:
Ao montar meu cavalinho
Que triste meu coração!…

Cavalinho, cavalinho
Passou tempo sem medida:
Tu continuaste baixinho
E eu tornei-me tão crescida.

Cavalinho, cavalinho
Por que não cresces comigo?
Que tristeza, cavalinho,
Que saudades, meu Amigo!

Matilde Rosa Araújo

De O Livro da Tila




Meninos na neve (1959)


O fotógrafo japonês Unosuke Gamou retratou a alegria destes meninos ao cair a neve um dia de 1959. Há sessenta anos!

A mesma alegria que sentiria hoje qualquer miúdo como estes em qualquer parte do mundo ao ver e sentir a neve. E depois, toca a fazer bolas e atirar contra os outros!




sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Uni Duni Tê (Bianca Pinheiro)



Uni duni duni tê, ô ô ô ô
Salamê minguê, ô ô ô ô
Sorvete colorê
Sonho encantado onde está você?



Vamos dar uma volta por Lisboa





Adaptação do conto africano "Porque a girafa não tem voz?"



Adaptação do conto africano "Porque a girafa não tem voz?" feita pelo aluno Kaue Leonardo Lima. Imagens feitas pelos alunos da turma 71 da Escola Municipal de Ensino Fundamental Morada do Sol, do município de Campo Bom/RS.

Trabalho realizado nas aulas de Ética e Cidadania para o curso de pós-graduação em Mídias na Educação da UFPEL.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Três amigas de Porto Alegre


Lindas meninas, fotografia de Manoela de Oliveira, no estado de Porto Alegre, no Brasil.




Um brinquedo alemão dos anos trinta




Oitenta e muitos anos tem este brinquedo alemão de lata. Sem pilhas nem comando (e tem corda!). Era o menino que brincava pegando nele. O que acham?




quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

O que sabem da Colômbia?



O Juan, aluno da turma de 1º A, é espanhol, mas os pais dele são colombianos: o pai, de Bogotá, e a mãe, de Arménia. A distância entre Madrid e Bogotá é de 8 007 km, e um voo direto demora umas 9 horas e meia.

Colômbia (em castelhano: Colombia, pronunciado: [koˈlombja], oficialmente República da Colômbia, é uma república constitucional do noroeste da América do Sul. A Colômbia faz fronteira a leste com a Venezuela e Brasil; ao sul com o Equador e Peru; para o norte com o Mar do Caribe, ao noroeste com o Panamá; e a oeste com o Oceano Pacífico. A Colômbia também tem fronteiras marítimas com a Venezuela, Jamaica, Haiti, República Dominicana, Honduras, Nicarágua e Costa Rica.

Com uma população de mais de 47 milhões de pessoas, a Colômbia tem a 28ª maior população do mundo e a segunda maior da América do Sul, depois do Brasil. A Colômbia é o terceiro país mais populoso com a língua espanhola como idioma oficial (depois do México e Espanha), e tem a quarta maior comunidade de língua espanhola no mundo depois do México, Estados Unidos e Espanha.

(Continua na Wikipédia)

Bogotá, capital da Colômbia: 6 840 116 hab. Altitude: 2 640 m
(para comparar: Badajoz, 185 m)


Arménia, 301 226 hab. Altitude:  1 551 m









Como se escreve Portugal em...?




O nome de Portugal pode ter um aspecto muito estrangeiro.

Talvez o grego Πορτογαλία e o russo Португалия não sejam assim tão estranhos, principalmente se soubermos que, nos alfabetos grego e cirílico, “Π” é “P” e “P” é “R”.

Já se dermos um salto ao Cáucaso, temos o surpreendente e redondíssimo georgiano, em que o nome do nosso país é პორტუგალია.

Um pouco abaixo, o arménio parece utilizar apenas “u”, “n” e “m” em várias direcções e feitios: Պորտուգալիա .

O árabe البرتغال é um deslizar de arabescos (neste ponto, um adolescente diria “dââh!”).

No oriente, o tailandês ประเทศโปรตุเกส lembra um código inventado por piratas.

O chinês, como sabemos, é outro mundo, opaco e misterioso, que não deixa de nos acicatar a curiosidade. Reparem: todos nós vivemos em 葡萄牙 — e não sabíamos.


"Sabe como se escreve Portugal em chinês?", mensagem de Marco Neves no seu blogue Certas palavras.




terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Baião de Quatro Toques (São Vicente a Cappella + Ordinarius)



O começo da canção vão reconhecer, é claro. Os autores são Zé Miguel Wisnik e Luiz Tatit, e quem canta, primeiro São Vicente a Cappella e depois Ordinarius.


BAIÃO DE QUATRO TOQUES

Quando bater no coração
Quatro pancadas e depois um bis
Pode escrever não falha não
É a tentação de ser muito feliz

Por isso é bom esse baião de quatro toques
Carregadinho de premonição
Ele não deixa que a batida se desloque
E que se afaste do seu coração

Pra quem compôs, pra quem tocou
e pra quem ouve
É o destino que sempre se quis
É uma quinta sinfonia de Beethoven
Que decantou e só ficou a raiz

Dá pra sentir
A exatidão
No tiquetaque do seu coração
Dá pra entender
Que esse baião
De quatro toques
Tanto tentou
Tanto tentou
Que se tornou
A tentação desse país
De ser assim feliz


Baião de Quatro Toques (Zé Miguel Wisnik e Luiz Tatit) Arranjo: Manuel Figueiredo de Abreu






Depois de quatro dias sem aulas...


Voltámos de um fim de semana prolongado de 4 dias. Hoje é terça-feira, então, ótima terça-feira para todos!



quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

"Eu, do livro não me livro..."





Qual o significado do nome Ariel?



Um aluno de 1º D chama-se Ariel, e hoje vamos aprender aqui qual a origem, o significado e mais alguma coisa, sobre este nome.

Ariel: Significa "leão de Deus", "leão do Senhor" ou “Fogo de Deus”.

O nome Ariel tem origem no hebraico Ari-el, formado pela união dos elementos Ari, que significa "leão", e El, que quer dizer "Senhor" ou "Deus".

(...)
Este nome era originalmente masculino, mas tornou-se unissex, também sendo usado como nome feminino.

Isso ocorreu a partir da década de 80. O mesmo foi popularizado graças à personagem principal da animação de Walt Disney “A Pequena Sereia”, que é chamada Ariel.

Outras versões femininas desse nome são Ariela e Arielle.
(...)
(Lido em dicionariodenomesproprios.com.br)



Nota. Na língua hebraica, como na árabe, escreve-se da direita para a esquerda.






terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Lenda da Dama Pé-de-Cabra

A Dama Pé-de-Cabra, pintura de Paula Rego

A Lenda da Dama do Pé-de-Cabra é uma conhecida lenda de Portugal.

Foi compilada por Alexandre Herculano no livro Lendas e Narrativas. Existe ainda uma outra versão da lenda, escrita em inglês pelo Visconde de Figanière no seu poema em cinco cantos Elva: a story of the dark ages (Londres, 1878).


Primeira Lenda

D. Diogo Lopes, nobre senhor da Biscaia, caçava nos seus domínios, quando foi surpreendido por uma linda mulher que cantava. Ofereceu-lhe o seu coração, as suas terras e os seus vassalos se com ele se casasse. A dama impôs-lhe como única condição a de ele nunca mais se benzer. Mais tarde, no seu castelo, D. Diogo apercebeu-se que a dama tinha um pé forcado como o de uma cabra. Viveram muitos anos felizes e tiveram dois filhos: Inigo Guerra e Dona Sol.

Um dia, depois de uma boa caçada, D. Diogo premiou o seu grande alão com um grande osso, mas a podenga preta de sua mulher matou o cão para se apoderar do pedaço de javali. Surpreendido com tal violência, D. Diogo benzeu-se. A Dama de Pé de Cabra deu um grito e começou a elevar-se no ar, com a sua filha Dona Sol, saindo ambas por uma janela para nunca mais serem vistas.A partir daí, foi confessar e o pajem disse que estava excomungado, sua penitencia foi guerrear os mouros por tantos anos quanto vivera em pecado, tendo ficado cativo em Toledo. Sem saber como resgatar o pai, D. Inigo resolveu procurar a mãe que se tornara, segundo uns, numa fada, segundo outros, numa alma penada.

A Dama de Pé de Cabra decidiu ajudar o filho, dando-lhe um onagro, uma espécie de cavalo selvagem, que o transportou a Toledo. Aí, o onagro abriu a porta da cela com um coice e pai e filho cavalgaram em fuga, mas, no caminho, encontraram um cruzeiro de pedra que fez o animal estacar. A voz da Dama de Pé de Cabra instruiu o onagro para evitar a cruz. Ao ouvir aquela voz, depois de tantos anos e sem saber da aliança do filho com a mãe, D. Diogo benzeu-se, o que fez com que o onagro os cuspisse da sela, a terra tremesse e abrisse, deixando ver o fogo do Inferno, que engoliu o animal. Com o susto, pai e filho desmaiaram. D. Diogo, nos poucos anos que ainda viveu, ia todos os dias à missa e todas as semanas se confessava. D. Inigo nunca mais entrou numa igreja e crê-se que tinha um pacto com o Diabo, pois, a partir de então, não havia batalha que não vencesse.


Outra versão

Na atual região da Beira Alta, mais concretamente na aldeia histórica de Marialva vivia há muitos séculos atrás uma donzela muito formosa. Um certo dia um nobre encantado com a sua beleza e querendo desposá-la encomendou os serviços de um sapateiro pedindo-lhe que fizesse uns sapatos para a donzela em questão. Como se tratava de uma surpresa o sapateiro teria de arranjar uma maneira de conseguir fazer um molde dos pés da donzela para acertar no tamanho do pé, certo dia e sem que esta desse por isso espalhou farinha aos pés da cama da donzela para que quando esta se levantasse, deixasse a marca na farinha espalhada no chão, e assim foi. O sapateiro percebeu pela forma deixada no chão que a donzela tinha "pés de cabra", mas mesmo assim fez uns sapatos adequados. Quando o nobre entrega o presente à donzela, esta com o desgosto de saber que já todos sabiam do seu defeito, atira-se da torre do castelo. A donzela chamava-se Maria Alva e ainda hoje, mesmo em ruínas podemos ver a torre do castelo.


(Wikipédia + Lendarium)



segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Uma ilustração de Renato Ventura








Serra da Estrela, 2015



Esta fotografia já foi publicada no blogue dos vossos colegas mais velhos, Ao pé da Raia. O que acham? Deve estar muito frio aí!!!

Foi tirada na Serra da Estrela em 2015 por Rosino.