Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

quinta-feira, 31 de março de 2011

Os guardas do rei

Fotografia de Emílio Moitas

Um rei resolve enviar ao seu pomar um cego e um coxo para vigiar suas figueiras. No dia seguinte ficou sabendo que tinham desaparecido os melhores frutos. Furioso, convoca os dois guardas à sala do trono para depor.
- Não sei, Majestade, o que aconteceu – afirma um.
- Eu também – disse o outro.
- Então vocês comeram os figos – insiste o Rei.
O coxo adianta um passo, afirmando:
- Não!... Não, Majestade!... Como poderia apanhar os figos se não posso subir em árvores?
O cego também se justifica:
- Muito menos eu. Falta-me a visão, Majestade.
Depois de investigar um pouco mais, o cego confessa que os dois apanharam e comeram os frutos.
- Como se deu isso? – interroga o Rei.
O cego explica:
- Simples, Majestade. Tomei o coxo no colo, que me orientou os passos até as árvores com sua visão.
Os dois foram castigados.



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