Fotografia de Alexandre D... (É parecida com alguém...?)
Na semana passada a Alicia (Alice em português, como sabem) da turma de 2º D, estava um pouco distraída na sala de aula, e eu perguntei-lhe se ela andava por acaso no País das Maravilhas... mas ela não tinha lido o livro de Lewis Carroll. Bom, espero que não demore muito a ler esta maravilha, Alice no País das Maravilhas (1865) nem a segunda parte, Alice através do espelho (1871).
Este é o começo do primeiro livro...
Alice estava sentada ao lado da irmã, no jardim, sem fazer nada. O dia quente a fazia sentir uma preguiça enorme. De vez em quando olhava para o livro que sua irmã estava lendo, mas aquilo já começava a deixá-la aborrecida.
— Não acho a menor graça em um livro sem figuras — resmungava.
De repente, Alice viu um coelho branco de olhos cor-de-rosa passar bem na sua frente. Ela não estranhou tanto o fato de o Coelho dizer a si mesmo:
— Estou atrasado! Estou atrasado!
Mas quando ele tirou do bolso do colete um relógio e consultou as horas, ela se levantou. Nunca vira um coelho de colete e relógio antes. Muito curiosa, correu atrás dele e o viu entrar em uma grande toca embaixo da cerca. Por impulso, Alice se abaixou e continuou a segui-lo, sem parar para pensar em como iria sair dali.
A toca parecia um túnel. Alice foi engatinhando rápido no rastro do Coelho, mas de repente sentiu o chão faltar sob suas mãos e joelhos. O túnel virara um poço e agora ela caía lentamente em um buraco escuro, como se flutuasse no ar. A pouca luz que ainda entrava pela parte de cima iluminava as paredes do poço, no qual Alice pôde ver estantes de livros e cristaleiras cheias de louças bem-organizadas. Conseguiu agarrar um pote escrito “GELEIA DE LARANJA”, mas ele estava vazio. Colocou-o em uma prateleira mais abaixo e continuou caindo.
— Onde será que vou parar? Quantos quilômetros já caí? Será que estou mais próxima do centro da Terra? — perguntou-se em voz alta, pois tinha o hábito de falar consigo mesma.
Lembrou-se das aulas da escola e continuou a falar:
— Talvez eu ultrapasse o centro da Terra e chegue ao outro lado. Vou precisar perguntar em que país estou. Pode ser a Nova Zelândia ou a Austrália... Se eu não encontrar ninguém, vou procurar o nome do país em alguma placa. Deve haver essa informação por escrito.
Alice continuou caindo, caindo, caindo (...)
A Toca do coelho
Alice estava sentada ao lado da irmã, no jardim, sem fazer nada. O dia quente a fazia sentir uma preguiça enorme. De vez em quando olhava para o livro que sua irmã estava lendo, mas aquilo já começava a deixá-la aborrecida.
— Não acho a menor graça em um livro sem figuras — resmungava.
De repente, Alice viu um coelho branco de olhos cor-de-rosa passar bem na sua frente. Ela não estranhou tanto o fato de o Coelho dizer a si mesmo:
— Estou atrasado! Estou atrasado!
Mas quando ele tirou do bolso do colete um relógio e consultou as horas, ela se levantou. Nunca vira um coelho de colete e relógio antes. Muito curiosa, correu atrás dele e o viu entrar em uma grande toca embaixo da cerca. Por impulso, Alice se abaixou e continuou a segui-lo, sem parar para pensar em como iria sair dali.
A toca parecia um túnel. Alice foi engatinhando rápido no rastro do Coelho, mas de repente sentiu o chão faltar sob suas mãos e joelhos. O túnel virara um poço e agora ela caía lentamente em um buraco escuro, como se flutuasse no ar. A pouca luz que ainda entrava pela parte de cima iluminava as paredes do poço, no qual Alice pôde ver estantes de livros e cristaleiras cheias de louças bem-organizadas. Conseguiu agarrar um pote escrito “GELEIA DE LARANJA”, mas ele estava vazio. Colocou-o em uma prateleira mais abaixo e continuou caindo.
— Onde será que vou parar? Quantos quilômetros já caí? Será que estou mais próxima do centro da Terra? — perguntou-se em voz alta, pois tinha o hábito de falar consigo mesma.
Lembrou-se das aulas da escola e continuou a falar:
— Talvez eu ultrapasse o centro da Terra e chegue ao outro lado. Vou precisar perguntar em que país estou. Pode ser a Nova Zelândia ou a Austrália... Se eu não encontrar ninguém, vou procurar o nome do país em alguma placa. Deve haver essa informação por escrito.
Alice continuou caindo, caindo, caindo (...)
Ilustração de John Tenniel (1865)
Ilustração de Arthur Rackham (1907)
Ilustração de Arthur Rackham (1907)
Alice Liddell (1852 - 1934), para quem foram escritos os dois livros mencionados, retratada pelo autor, Lewis Carroll, em 1858.