Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Castelo de Juromenha e Rio Guadiana

Fotografia de Emílio Moitas


A Fortaleza de Juromenha localiza-se no Concelho de Alandroal, que fica no Distrito de Évora. Naturalmente, o rio que aqui vemos é o Guadiana.

Esta fortaleza fica perto de Badajoz.



quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Os pontos cardeais


Reparem nos pontos cardeais em português: Norte, Sul (cuidado com a letra l),  Leste (aqui também) e Oeste. É fácil ficar com eles na cabeça, não é?






Rosa dos ventos de 32 pontos de uma carta de Jorge de Aguiar (1492), a carta náutica assinada e datada mais antiga de Portugal (Wikipédia).



Um desenho de stêvz


Estêvão Vieira, ou stêv, ou ê, é brasileiro e desenha assim. Gostam?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O Alentejo



Quando atravessamos a fronteira com Portugal por Badajoz ou pela provincia de Cáceres, entramos na região do Alentejo. O nome originário dela tem a ver com o facto de ser atravessada pelo rio Tejo. Já explicamos isso mais calmamente noutro dia.

A região do Alentejo situa-se no sul de Portugal, ocupando uma área geográfica de 27 003,158 km2 – cerca de um terço da superfície total do país – abrangendo os distritos de Évora, Beja e Portalegre e ainda quatro concelhos do distrito de Setúbal a sul do rio Sado (Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines).

É uma região caracterizada pela uniformidade: peneplanície, levemente ondulada, cuja altitude média ronda os 200 m, apenas com afloramentos montanhosos pouco acentuados.

É cortada por 3 grandes bacias hidrográficas – a do Tejo, a do Guadiana e a do Sado, na cabeceira dos quais se situa a cidade de Évora.

As principais culturas ("cultivos") são cereais como o trigo, a cevada e a aveia – em regime de sequeiro ("secano").

Otras culturas importantes são as oliveiras e as vinhas, e ocupa um lugar de realce a cortiça, de que Portugal é o principal produtor mundial, contribuindo a região com cerca de 60% da produção nacional.

A Região ocupa cerca de 1/3 do território nacional, com apenas cerca de 5% da população (densidade populacional de 20 habitantes por Km2) e povoamento concentrado.

(Fonte: www.draal.min-agricultura.pt. Texto adaptado)

Sobreiro e cortiça


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Devagar que tenho pressa



Vocês ouviram alguma vez um provérbio espanhol que diz Vísteme despacio que tengo prisa? Em poucas palavras, quer dizer que não é possível fazer à pressa as coisas e estas sairem bem, percebem? É melhor fazer as coisas devagar (= despacio).

Em português dizem assim:


Devagar que tenho pressa.


Mais uma palavra: depressa.



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Campo Maior

Vista aérea da vila

O castelo de Campo Maior


Festas do Povo em Campo Maior (2004)


Fotografias de Emílio Moitas



terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Confusão (Maria Alberta Meneres)


A fruta é ótima para a saúde: tem muitos minerais e muitas vitaminas. Já sabem: comam muita fruta. É boa para que vocês cresçam com saúde. Se pensam em fruta que não apareça neste poema, digam lá!


CONFUSÃO

Ai tanta fruta no chão!
Caiu de uma camioneta?
Eu vou contar o que vejo,
antes que o façam por mim.
Vejo mil peras reinetas,
dez bananas encarnadas,
quatro maçãs muito pêssegas,
maduras assim-assim
e umas tantas descascadas,
ameixas muito compridas
como se fossem cenouras
e de folhas bem frisadas.

Ai tanta fruta no chão!
Caiu de algum camião?
Vejo vinte figos lampos
com casca de melancia,
e vejo as uvas lampeiras
com brilho de pirilampos
rolando de mil maneiras.
Ora bem, onde é que eu ia?
Ia fazendo o relato
da fruta toda que vejo
no meio da confusão.
Ou a confusão faço-a eu,
de querer olhar tanta fruta
caída no meio do chão?

Maria Alberta Meneres



sábado, 15 de janeiro de 2011

Os quindins de iaiá (Aurora Miranda)



Isto é muito antigo para vocês, é claro, mas acho que vão gostar deste filme com mistura de desenhos animados (esse Pato Donald, esse Zé Carioca). A canção, de 1940 nem mais, fala de um doce brasileiro que tem um ótimo aspecto, os quindins, como podem ver em baixo. Eu não vos posso dizer qual o sabor, mas gostava imenso de os provar.



Um quindim


E uma receita para fazer quindins. Podem dizer à mãe ou à avó para ver se elas se animam a tentar fazer esta receita:

Ingredientes

12 gemas
450 g de açúcar
1 colher de sopa de manteiga
1 coco ralado
gotas de limão para a calda (= "el almíbar")

Como fazer os quindins de iaiá

Modo de preparo: Rale o coco e não retire o leite. Coloque o açúcar numa panela com um pouco de água e umas gotas de limão e leve ao fogo para obter uma calda grossa. Passe as gemas por uma peneira (não de metal). Deixe esfriar a calda e junte as gemas peneiradas, o coco ralado e a manteiga, mexendo bastante. Despeje em forminhas untadas com manteiga e leve ao forno quente, em banho-maria, para assar.



sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cara ou coroa?


Quando vocês jogam futebol, escolhem a vossa parte do campo sem problemas ou tiram cara ou coroa?



quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Um serino

Fotografia de Pinto Moreira

Como é natural, a maioria da flora e da fauna de Portugal e de Espanha são as mesmas, e assim podemos falar de uma flora e uma fauna ibéricas

Com esta mensagem, inicia-se uma série no blogue para que vocês conheçam alguns exemplos e possam aprender os nomes em português.

Em espanhol este pássaro chama-se "verdecillo", mas na Extremadura é chamado também de "chamarín", pelo português chamarim. O nome científico, em latim, é serinus serinus e daí o português serino. Nalgumas zonas recebe o nome de milherinha.


Talheres, oficinas e escritórios

 
Os talheres


Há alguém que ainda faça confusão com estas palavras? Para não se esquecerem do que significam talher, oficina e escritório em português, vamos lá ver...




Isto é um dos talheres (cuidado!): uma colher. Para comer uma sopa ou um caldo verde, por exemplo





Isto é outro talher: um garfo. Para espetar a carne, ou o peixe, ou...





E mais outro talher: uma faca. Para cortar, claro.





Isto é uma oficina, onde os portugueses levam os carros para consertar as avarias, mudar o óleo, fazer revisões...







E isto é um escritório, que nós, espanhóis, dizemos oficina.






Que confusão!


 

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Reparem neste rosto



Voltamos às aulas, meninos e meninas. Vamos lá começar 2011!


Uma pergunta: Estão a ver um rosto que vos fita (= observa)? Não vêem mais do que isso? Reparem bem, esse rosto esconde um segredo. Ainda não o vêem? Se eu disser que é um rosto mentiroso e aldrabão (= "embustero"), será que aí vêem mais alguma coisa?

Os olhos são um L, o nariz desenha um I, a boca esconde um A e o pescoço um R. Quer dizer, liar, que em inglês significa mentiroso. Curioso, não é?




quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

As Janeiras

Cantando as janeiras em Valongo do Vouga

Em Portugal cantam-se as Janeiras, a 6 de Janeiro, no Dia de Reis.

As Janeiras são uma tradição antiquíssima.

Formam-se grupos pequenos ou com dezenas de elementos que cantam e animam as localidades, indo de casa em casa ou colocando-se num local central (esta é uma versão mais recente), desejando de uma forma tradicional um bom ano a todos os presentes.

Nos grupos de janeireiros, toca-se pandeireta, ferrinhos, tambor, acordeão e viola, por exemplo.

Em muitas aldeias esta tradição mantém-se viva, especialmente no Norte de Portugal e nas Beiras (ver mapa em baixo):

"Nesta altura juntam-se os amigos que vão cantar as janeiras a casa dos vizinhos. Antigamente recebiam filhoses, vinho e outros artigos que as pessoas possuíam" conta António Manuel Pereira, presidente da Federação de Ranchos Folclóricos da Beira Baixa.

No entanto, cantar as Janeiras ainda se faz um pouco por todo o País.

As pessoas visitadas eram (são) normalmente muito receptivas aos cantores e aos votos que vêm trazer, dando-lhes algo e desejando a todos um bom ano.

Mas há sempre alguém mais carrancudo que não recebe bem os janeireiros, então, segundo uma recolha dos alunos da EB1 de Monte Carvalho, em Portalegre, às pessoas que abrem "bem" a porta canta-se assim:

Esta casa é tão alta,
É forrada de papelão,
Aos senhores que cá moram
Deus lhe dê a salvação.

E aos que não abrem a porta canta-se uma canção a dizer que os janeireiros estão zangados, porque as pessoas não lhe abrem a porta. É assim:

Esta casa é tão alta,
É forrada de madeira,
Aos senhores que cá moram
Deus lhe dê uma caganeira.

Estes alunos referem-nos também que no fim os janeireiros fazem um petisco: bebem vinho e comem os chouriços assados.

(Retirado de Júnior. Texto Editora)




Tradições como esta vão desaparecendo. Há poucas pessoas que façam isto, mas é bom que vocês conheçam para melhor apreciar este país, Portugal.  Podemos escutar uma canção de José Afonso, um dos maiores cantores portugueses de sempre.

NATAL DOS SIMPLES

Vamos cantar as janeiras
Vamos cantar as janeiras
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas
Vamos cantar orvalhadas
Por esses quintais adentro vamos
Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte
Vira o vento e muda a sorte
Por aqueles olivais perdidos
Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra
Muita neve cai na serra
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa
Quem tem a candeia acesa
Rabanadas pao e vinho novo
Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura
Já nos cansa esta lonjura
Só se lembra dos caminhos velhos
Quem anda à noite à ventura