Um comboio em Angola (1969)
Vocês não sabem o que é exatamente pouca terra, pouca terra... em português. Vimo-lo aqui, quando ainda não estavam nesta escola. Agora encontrei um excerto de um romance do escritor angolano José Eduardo Agualusa em que aparece esta onomatopeia. Mas antes, vamos clicar no link.
Um profundo clamor de metais arrancou-me à leitura. Não me tinha dado conta de que a estrada corria paralela ao camino-de-ferro. O comboio passou, muito devagar, pouca-terra, pouca-terra, pouca-terra, num longo queixume de seda e fumo. Um homem moreno, bronzeado, numa das janelas do vagão-restaurante, acenou para mim. Ergui a mão e retribuí o aceno.
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