Esta mensagem já foi publicada aqui há dois anos, mas lembrei-me dela por causa da resposta que me deu um aluno, o Enrique, da turma do 1º A, sobre qual poderia ser a população da Índia: "mais de 40 milhões" Pois, é verdade, mas... Parece que são muitos, muitos mais: 1 237 milhões tem a Índia, e a China, 1 341. Os colegas também ficaram muito longe... Se calhar, o Enrique reconhece-se um pouco no que aconteceu a este escritor brasileiro quando andava na escola.
Vejam se gostam deste excerto de um artigo do brasileiro Luís Fernando Veríssimo. Alguém já passou por uma experiência deste género? Leiam este trecho de um artigo dele:
Naquele tempo a pior coisa do mundo era ser chamado a responder qualquer coisa no colégio. De pé, na frente dos outros e – o pior de tudo – em voz alta. Depois descobri que existem coisas piores, como a miséria, a morte e a comida inglesa. Mas naquela época o pior era aquilo. “Senhor Veríssimo!” Era eu. Era irremediavelmente eu. “Responda, qual é a população da China?” Eu não sabia. Estava de pé na frente dos outros, e tinha que dizer em voz alta o que não sabia. Qual era a população da China? Com alguma presença de espírito eu poderia dizer: “A senhora quer dizer neste exato momento?”, dando a entender que, como o que mais acontece na China é nascer gente, uma resposta exata seria impossível. Mas meu espírito. Meu espírito ainda estava em casa, dormindo. “Então, senhor Veríssimo, qual é a população da China?” E eu respondi:
–Numerosa.
1 comentário:
De facto o pior de tudo não é a escola, não está na escola. O pior de tudo é o mundo lá fora que tão cruel se revela,passados que são tantos anos da existência da Humanidade. Dizemos que se cometeram crimes horrendos, mas a verdade é que agora mesmo, em qualquer parte do mundo eles estão acontecendo e os nossos adolescentes não se dão conta disso. Há que despertá-los, para torná-los fortes e proativos.
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