Bairro de Alfama e Rio Tejo em Lisboa

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mãe em japonês

Ideograma japonês para a palavra mãe

 Reparem como é que se escreve mãe em japonês. Não é curioso?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

O jogo da macaca

Fotografia de João Radich


Os meninos e meninas de hoje em dia já não jogam nem brincam tanto na rua como faziam dantes os pais deles no seu tempo. Muita televisão, muito computador, muita consola... quer dizer, estar sentado muito, muito tempo; isso diz-se sedentarismo, que é considerado como a doença do século, está associada ao comportamento cotidiano decorrente dos confortos da vida moderna. É claro que este sedentarismo não afecta apenas os mais novos, mas também pessoas mais crescidas.

Vejam a fotografia. Não sei como é que as meninas de Badajoz chamam este jogo, mas em Portugal é assim: o jogo da macaca (e no Brasil dizem amarelinha).

Alguém conhece este jogo? Faziam deste jeito?


Material: Uma malha para cada jogador; a figura é traçada no solo.


Objectivos: Concluir o percurso da Macaca.


Desenvolvimento: O jogador que inicia a partida, coloca a sua malha na casa número 1 e começa a percorrer "ao pé coxinho" (vejam como é que se diz em português "a la pata coja") as casas 2 e 3; nas 4 e 5 põe simultaneamente os dois, mas em cada casa, na 6 põe de novo um só pé, nas 7 e 8 procede como nas casas 4 e 5, indo cair na 9 com os dois pés.


Depois de ter descansado em 9, o competidor inicia o retorno até ao ponto de partida, tendo de apanhar a sua malha antes de passar a casa onde ela esteja. O jogador perde sempre que ponha o pé nos riscos ou a malha saia fora do traçado da macaca.

Noutro dia veremos jogos de rua para meninos, embora o jogo da macaca possa ser jogado por eles e por elas.


(Retirado de http://web.educom.pt)









terça-feira, 26 de abril de 2011

Um poema (animado) de Paulo Leminski



Do poeta brasileiro Paulo Leminski, filho de polaco e brasileira, vamos ler/ver este haiku ou haikai (o haiku é um breve poema de origem japonesa composto por uma estrofe de três versos, por regra geral de 5, 7 e 5 sílabas).

Lua na água
alguma lua
lua alguma


sábado, 23 de abril de 2011

Um desenho para o Dia do Livro



Ler é bom, parece dizer-nos o brasileiro Renato Ventura com este desenho. Ajuda a desenvolver (= "desarrollar") a nossa imaginação.



sexta-feira, 15 de abril de 2011

A nau Catrineta (Fausto)




Meninos e meninas, é tão bonita a história da nau Catrineta... "La vém a nau Catrineta / que tem muito que contar...".

Assim é que começa um famosíssimo romance português. A música é de Fausto, que canta. Escutemos essa "história de pasmar" (historia asombrosa) que a nau tem para nos contar.


A NAU CATRINETA

Lá vem a Nau Catrineta
que tem muito que contar!
ouvide agora, senhores,
uma história de pasmar.

Passava mais de ano e dia
que iam na volta do mar
já não tinham que comer,
já não tinham que manjar.

Deitaram sola de molho
para o outro dia jantar;
mas a sola era tão rija,
que a não puderam tragar.

Deitam sortes à ventura
qual se havia de matar;
logo foi cair a sorte
no capitão-general.

– "Sobe, sobe, marujinho,
àquele mastro real,
vê se vês terras de Espanha,
as praias de Portugal!"

–"não vejo terras de Espanha,
nem praias de Portugal;
vejo sete espadas nuas
que estão para te matar."

–"acima, acima, gajeiro,
acima ao tope real!
olha se enxergas Espanha,
areias de Portugal!"

–"Alvíssaras Capitão,
meu capitão-general!
já vejo terras de Espanha,
areias de Portugal.

Mas enxergo três meninas
debaixo de um laranjal:
uma sentada a coser,
outra na roca a fiar,
a mais formosa de todas
está no meio a chorar."

–"Todas três são minhas filhas.
Oh! quem mas dera abraçar
a mais formosa de todas
contigo a hei-de casar."
–"A vossa filha não quero,
que vos custou a criar."
– "Dar-te-ei tanto dinheiro
que o não possas contar."
 – "Não quero o vosso dinheiro
pois vos custou a ganhar."
–"Dou-te o meu cavalo branco
que nunca houve outro igual."
– "Guardai o vosso cavalo,
que vos custou a ensinar."

– "Que queres tu meu gajeiro
que alvíssaras te hei-de eu dar?"
–"Eu quero a Nau Catrineta,
para nela navegar."

– "A Nau Catrineta amigo,
é d' el-rei de Portugal
pede-a tu a el-rei, gajeiro,
que ta não pode negar."




Com esta canção despedimo-nos até à volta das férias da Páscoa.





História da galinha carijó



Vamos ler um conto tradicional russo sobre a amizade e a partilha, adaptado por Dulce Rodrigues.

Nota. A palavra carijó é um brasileirismo de origem tupi que significa o mesmo que pedrês; quer dizer, "salpicado de manchas pretas e brancas; (...) ; diz-se de uma raça de galinhas" (Dicionário Priberam).



HISTÓRIA DA GALINHA CARIJÓ

Era uma vez uma Galinha carijó, pequena mas muito esperta, que vivia numa quinta em companhia de um Pato barulhento, um Porco glutão e um Coelho que adorava escavar tocas.

Um dia, ao esgaravatar a terra à procura de minhocas, um dos seus pratos favoritos, a nossa simpática Galinha carijó encontrou vários bagos de trigo. Ela foi logo ter com os seus amigos e perguntou-lhes:

- "Quem quer ajudar-me a semear estas sementes?"
- "Eu não!" grasnou o Pato barulhento.
- "Eu não!" chiou o Coelho escavador.
- "Eu não!" grunhiu o Porco glutão.
- "Então vou pedir ajuda aos nossos vizinhos!"

E a nossa pequena mas esperta Galinha carijó foi ter com a vizinha Vaca leiteira, o Burro teimoso e a Ovelha lanuda, e fez a mesma pergunta:

- "Quem quer ajudar-me a semear estes grãos?" perguntou-lhes a pequena Galinha carijó.
- "Eu não!" zurrou o Burro teimoso.
- "Eu não!" mugiu a Vaca leiteira, que continuou a pastar tranquilamente.
- "Eu não!" baliu a Ovelha lanuda.
- "Então eu vou fazer a sementeira sozinha!"

E a nossa pequena mas esperta Galinha carijó semeou os bagos de trigo sozinha, sem qualquer ajuda dos outros.

Algum tempo depois, nos campos onde a pequena Galinha carijó tinha semeado os bagos de trigo; erguiam-se agora belas espigas douradas. Ela foi então ter com os outros animais da quinta e perguntou-lhes:

- "Quem quer ajudar-me a fazer a colheita?"
- "Eu não!" grasnou o Pato barulhento.
- "Eu não!" mugiu a Vaca leiteira.
- "Eu não!" chiou o Coelho escavador.
- "Eu não!" grunhiu o Porco glutão.
- "Eu não!" zurrou o Burro teimoso.
- "Eu não!" baliu a Ovelha lanuda.
- "Então vou fazê-la sozinha!" E assim fez.

Assim que acabou de fazer a colheita, a nossa pequena mas esperta Galinha carijó dirigiu-se de novo aos seus amigos e vizinhos da quinta  e perguntou-lhes:

- "Quem quer ajudar-me a levar estas espigas ao moinho para serem moídas?"
- "Eu não!" mugiu a Vaca leiteira.
- "Eu não!" chiou o Coelho escavador.
- "Eu não!" grasnou o Pato barulhento.
- "Eu não!" zurrou o Burro teimoso.
- "Eu não!" baliu a Ovelha lanuda.
- "Eu não!" grunhiu o Porco glutão.

- "Então vou levá-las sozinha!" disse a pequena Galinha carijó. E se bem o disse, melhor o fez, pois pôs-se a caminho para o moinho do seu amigo Moleiro.

O senhor Moleiro tinha mesmo acabado o trabalho nesse dia, mas como era amigo da pequena Galinha carijó teve muito gosto em fazer algumas horas extraordinárias e moer-lhe o trigo. Ela agradeceu-lhe imenso e depois pegou no pesado saco e voltou para a quinta.

Na manhã seguinte, a nossa pequena mas esperta Galinha carijó foi novamente ter com os outros animais e perguntou-lhes:

- "Quem quer ajudar-me a fazer um bolo?"
- "Eu não!" grasnou o Pato barulhento.
- "Eu não!" mugiu a Vaca leiteira.
- "Eu não!" chiou o Coelho escavador.
- "Eu não!" grunhiu o Porco glutão.
- "Eu não!" zurrou o Burro teimoso.
- "Eu não!" baliu a Ovelha lanuda.
- "Então vou fazer o bolo sozinha!"

Ela dirigiu-se logo para a cozinha, enfiou o seu belo verde, arregaçou as mangas e pôs-se ao trabalho. Pouco tempo depois, havia um delicioso cheiro no ar e todos os outros vieram ver de que se tratava. Então a nossa pequena mas esperta Galinha carijó perguntou:

- "Quem quer ajudar-me a comer o bolo?"
- "Quero eu!" mugiu a Vaca leiteira.
- "Quero eu!" chiou o Coelho escavador.
- "Quero eu!" grunhiu o Porco glutão.
- "Quero eu!" zurrou o Burro teimoso.
- "Quero eu!" baliu a Ovelha lanuda.
- "Quero eu!" grasnou o Pato barulhento.
- "Não, eu posso comê-lo sozinha!" respondeu a pequena Galinha carijó.

Vermelhos de vergonha, todos os baixaram os olhos. Então a nossa pequena Galinha carijó disse-lhes: "Vocês mereciam que eu também fosse egoísta e comesse-o sozinha. Mas sou vossa amiga e vou dividi-lo convosco. Que isto vos sirva de lição para o futuro." E ao mesmo tempo que assim falava, a pequena Galinha carijó cortou o bolo e deu uma fatia ao Pato barulhento, outra ao Coelho escavador, outra ao Porco glutão, outra à Vaca leiteira, outra ao Burro teimoso e ainda outra à Ovelha lanuda.

E todos viveram felizes desde então.


Podem encontrar mais para ler no site Barry4kids.




Tudo com a letra 'p'





Não sei, se calhar é um bocado comprido e cansativo este texto, mas... Será que alguém se anima para o ler a fio (em espanhol "de un tirón")?



Só a Lingua Portuguesa é que nos permite isto...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos. Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir.

Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas.

Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris. Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.

Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas.

Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo.

Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal. Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir. Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas.

Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai. Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior.

Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias? Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal.

Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro.

Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito. Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo.

Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos.

Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios. Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas.

Pobre Pedro Paulo, pereceu pintando... Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, parei. PRONTO...


(Retirado de biscainho.blogs.sapo.pt)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Uma receita nojenta



Uma receita para cães e para pessoas. Vejam lá os ingredientes. Quem é que vai fazer? Contem-me se gostaram...

Ah, esquecia-me: ao nojo, nós dizemos "asco", e nojento, "asqueroso".

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O homem e o leão (Esopo)



O homem e o leão (que viajavam juntos)

Havia um leão e um homem que viajavam juntos. Cada um contava mais vantagens que o outro. E então, no caminho, encontram uma estela  representando um homem que estrangulava um leão. Apontando para ela, o homem disse ao leão: "Vês como nós somos mais fortes do que vocês?". E este, sorrindo, respondeu: "Se os leões soubessem esculpir, verias muitos homens sob a pata do leão."

Moral: Muitos alardeiam coragem e audácia com palavras, mas, quando submetidos aos fatos, estes os desmentem.

ESOPO, Fábulas: texto integral. Trad. Pedro Nassetti. 2. ed. São Paulo: Martin Claret. 2009. p. 43.


Li este texto no blogue Português é legal!

Nota. A estela é um bloco de pedra com dizeres e figuras esculpidos. Podem ver uma em baixo






segunda-feira, 11 de abril de 2011

Peixes com piercing?



O que tem na boca o peixe da direita é um anzol (já sabem, o gancho em que se arma a isca para pescar).

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Pregão do vendedor de lima (Cecília Meireles)


PREGÃO DO VENDEDOR DE LIMA

Lima rima
pela rama
lima rima
pelo aroma.

O rumo é que leva o remo.
O remo é que leva a rima.
O ramo é que leva o aroma
porém o aroma é da lima.

É da lima o aroma
a aromar?

É da lima-lima
lima da limeira
do auro da lima
o aroma de ouro
do ar!


Cecília Meireles foi uma poeta brasileira, de quem já pudemos ler aqui "Ou isto ou aquilo" (podem clicar).





quinta-feira, 7 de abril de 2011

Para aprender a escrever com boa letra


Para aprender a escrever bem, com boa letra... Para isso é que serviam estes cadernos antigamente. Acho que agora davam jeito para alguns alunos.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Carnaval de Olinda, 2011

Fotografia de Ádria de Souza

Ainda que já passou o Carnaval, lá vai esta fotografia. Olinda é uma cidade do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Buongiorno, aprile


O italiano é outra língua româica, quer dizer, que provém do latim, como o espanhol e o português. É assim que os italianos dizem "bom dia": buongiorno.

Aprender línguas é bom. "Quantas mais línguas falamos, mais pátrias temos", disse o professor e filósofo português Eduardo Lourenço.

Cumprimentamos, pois, o mês que hoje começa em português e em italiano: 

Bom dia, abril

Buongiorno, aprile




São Tomé e Príncipe

Fotograia de Miguel Valle de Figueiredo


 Vista aérea da ilha de São Tomé, em São Tomé e Príncipe (Fotografia de Moisés Nazário)


São Tomé e Príncipe é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (São Tomé e Ilha do Príncipe) e várias ilhotas, num total de 964 km², com cerca de 160 mil habitantes. Estado insular, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria.

As ilhas de São Tomé e Príncipe estiveram desabitadas até 1470, quando os navegadores portugueses João de Santarém e Pedro Escobar as descobriram. Foi então, uma colónia de Portugal desde o século XV até sua independência em 1975.